Embora pareça que sim, não. Pintar cabelo não é um hábito moderno e nem recente na história da humanidade. A diferença é que muito antigamente, quando alguém queria dar uma mudada no visual, tinha ao seu dispor somente coisas como cascas, sementes, raízes, infusões, óleos e corantes extraídos de rochas. Era quase uma tintura orânica.

Com o passar do tempo, o surgimento da química e a descoberta ou invenção de inúmeros novos elementos, a maneira de tingir os fios também foi mudando. A partir disso, o método passou por transformações cada vez mais radicais. Mas, dizem que o mundo dá voltas, não é mesmo? Pois é. Hoje, séculos depois das primeiras descobertas químicas, eis que voltamos com tudo para a origem.

A tintura orgânica é uma alternativa par quem busca colorimetria sem agredir a saúde e o meio-ambiente
(Imagem: Schwarzkopf)

Ciência a nosso favor  

Ao mesmo tempo, é sempre bom lembrar que essas voltas que o mundo dá nunca são para voltar ao mesmo lugar. Ou seja, sim, a tintura orgânica, tal como acontecia lá no início, é hoje uma forma bastante saudável de cuidar do visual. Porém, é claro que os conceitos mudaram bastante. Além disso, não significa que estamos abrindo mão de todas as descobertas, tecnologias e inovações da química, da medicina e da tricologia.

Ao contrário, estamos na verdade nos beneficiando das transformações para avançar. Toda essa caminhada traz inúmeras vantagens e facilidades para a criação de produtos cada vez mais tecnológicos, seguros e eficazes para uma colorimetria com menos agressão à saúde e ao meio ambiente.

Tintura orgânica causa menos danos à saúde e ao meio-ambiente
(Imagem: Elina Fairytale / Pexels)

Portanto, atualmente, quando falamos em tintura orgânica, não estamos falando de uma colorimetria à base de beterraba, urucum, henna e babosa. Nada contra quem prefere suas receitinhas caseiras – e que nem por isso deixam de ser reações químicas. Entretanto, nosso foco aqui é explicar para você como os conceitos se transformaram e quais as diferenças fundamentais entre tintura orgânica e convencional.

1. O que é tintura orgânica

Antes de tudo, vamos ao conceito do que é uma tintura orgânica. O senso comum muitas vezes a resume como sendo aquela sem amônia. Isso não estaria errado se não fosse uma informação incompleta e, para entender isso, é interessante voltarmos duas casas.

Primeiro porque temos um terceiro elemento entre uma coisa e outra, que é a tintura natural. Tem muita gente que acha que natural e orgânico são sinônimos, só que não. Não são. E a amônia é só uma entre várias das batatinhas que vão alterar completamente o resultado dessa maionese.

Tintura orgânica não tem ingredientes sintéticos na sua composição
(Imagem: Anna Shvets / Pexels)

Tinturas naturais são aquelas feitas com ingredientes… hum… é… naturais. Não tem outra palavra para explicar melhor. Isso quer dizer que sua fórmula não pode conter coisas sintéticas, ou seja, criadas em laboratório, coisas que não existem na natureza ou que são extraídas a partir do petróleo.

A amônia é um desses ingredientes, mas tem também os silicones, os corantes, as fragrâncias e muuuuitos etecéteras. E aqui vem o pulo da gata.

Natural ou Orgânica?

Para ser considerada natural, basta a tintura não ter ingredientes sintéticos. Ao mesmo tempo, para ser considerada orgânica, além de naturais, seus ingredientes não podem ser cultivados com agrotóxicos e fertilizantes sintéticos.

Simples assim.

2. E a tintura vegana?

A tintura vegana, por sua vez, é um passo ainda mais longe que o dado pela tintura orgânica, que permite ingredientes de origem animal em sua fórmula, afinal, estamos falando apenas de matérias-primas naturais.

Tintura vegana não tem ingredientes de origem animal, o que é permitido na tintura orgânica
(Imagem: Sarah Schai / Pexels)

Já para ser considerada vegana, a tintura não pode ter absolutamente nada animal na sua composição. Nem mesmo o mel ou a cera de abelha. Além disso, logicamente que não pode haver envolvimento animal em nenhuma das suas fases de fabricação, o que inclui testes.

3. Como a tintura orgânica funciona

Tanto a tintura orgânica como a natural e a vegana, por não conterem amônia e não necessitarem de água oxigenada, vão ter uma interação com a estrutura do fio completamente diferente da tradicional.

Na colorimetria tradicional, os ingredientes sintéticos exercem a função de abrir as cutículas e extrair das estruturas internas dos fios os pigmentos originais para, assim, possibilitar o depósito de outros pigmentos. Esses, por sua vez, também são de origem sintética.

É por isso que quando você compra uma tintura como a Schwarzkopf Essensity, por exemplo, que mistura ingredientes naturais e orgânicos e é livre de amônia, você não vai adquirir uma água oxigenada. O que você vai usar com ela é uma loção ativadora.

Tintura Schwarzkopf Essensity amonia free
(Imagem: Schwarzkopf)

Toda a linha Essensity, incluindo a tintura e a loção ativadora, conta com a tecnologia Phytolipid. Isso quer dizer que todos os seus itens são feitos à base de óleos extraídos de plantas. Esses ingredientes se aproximam muito das estruturas já presentes nos cabelos. Dessa forma, os produtos Essensity conseguem estabilizar os fios e depositar pigmentos com toda segurança no seu interior.

4. Tintura orgânica cobre brancos e pode ser permanente

É bastante comum a confusão entre tintura orgânica e coloração temporária. Muita gente acha que só por ser natural ou orgânica, a tintura vai desbotar como um shampoo pigmentado ou uma máscara tonalizante.

O que acontece é que existem tanto shampoos, máscaras e tonalizantes quanto tintas permanentes que são naturais. Ou seja: você escolhe qual delas deseja aplicar sobre os seus cabelos. Se o seu desejo é por uma coloração permanente, que não sai com as lavagens como acontece com as máscaras pigmentadas, é só optar pela tintura permanente.

A cartela de cores Essensity é completa
(Imagem: Schwarzkopf)

A linha Essensity tem uma cartela de cores completa que, igualzinho a qualquer coloração, permite combinações para alcançar determinados tons.

E para quem quer somente clarear, tem o pó descolorante que oferece até 7 níveis de clareamento sem aquele cheiro horroroso de amônia e outros sintéticos.

Pó descolorante Schwarzkopf Essensity é sem amônia
(Imagem: Schwarzkopf)

5. Tintura ideal para quem tem alergia

Com esse princípio de trabalhar sem ingredientes sintéticos, a tintura orgânica, assim como a natural e a vegana, são ideais para quem tem alergias ou desconforto ao usar as convencionais.

Além disso, como ocorre com a Essensity, esses produtos são “eco friendly”, ou seja, são sustentáveis, oferecendo menos danos ao meio ambiente e gerando menos poluição. No caso da linha da Schwarzkopf, a tecnologia trabalha essencialmente com óleos e pigmentos extraídos de plantas e, como já dissemos acima, com estruturas muito semelhantes às que já estão presentes naturalmente nos cabelos. Assim sendo, a estabilização, absorção e manutenção da cor nos fios se torna muito mais fácil e natural.

Tintura orgânica é ideal para quem tem alergia
(Imagem: Schwarzkopf)

Mais do que mudar ou manter uma cor, pintar os cabelos com uma tintura orgânica também oferece tratamento aos fios uma vez que os óleos e pigmentos naturais respeitam o couro cabeludo e oferecem nutrição aos cabelos.

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